Durante a reunião especial com a Sacyr, que debateu a implantação de melhorias na RSC 287, utilizei a tribuna para cobrar que a empresa ouça a comunidade de Linha Pinheiral quanto a duplicação. Uma comitiva do Conselho de Desenvolvimento de Pinheiral (Codepin), encabeçada pelo presidente e ex-vereador Mathias Bertram, também esteve na reunião e apresentou seus anseios para a companhia que administra a rodovia.
Na oportunidade, salientei que como morador da localidade desde a infância e ex-presidente do Codepin, sei muito bem dos anseios da comunidade em relação à rodovia. Já levamos as sugestões para diversas entidades ligadas ao Governo do Estado, inclusive fomos à Agergs.
As maiores preocupações dos moradores em relação à duplicação são no tocante as redes hídricas – que são mantidas pela comunidade e abastecem mais de 200 moradores no entorno -, bem como a execução de obras de acesso, como um maior número de retornos, rótulas e passarelas, ou até mesmo a implantação de vias marginais à RSC-287.
Existe em torno de 3 mil moradores que irão sofrer muito com a duplicação, além de uma série de atividades comerciais que serão impactadas. Por isso é preciso que a empresa concessionária ouça a comunidade.
O presidente do Codepin, Mathias Bertram, salientou que a comunidade ficou ainda mais apreensiva quando recebeu um documento da Rota de Santa Maria, solicitando a mudança das redes hídricas. “Trata-se de um custo que a associação não tem como arcar, onde somente em canos está projetado um gasto de mais de R$ 150 mil, valor que não se tem em caixa”, citou Bertram.
Preocupação
A aproximação com o início das obras de duplicação vem gerando preocupação aos moradores e empresários de Linha Pinheiral. A localidade se encontra entre os quilômetros 90 e 99 da RSC-287, e possui território rural e urbano, com aproximadamente 3 mil habitantes, e está em constante transformação.
A economia da região é baseada na agricultura, pecuária, indústria e comércio (possui mais de 30 estabelecimentos comerciais das mais diversas áreas, como varejo, panificadoras, agropecuárias e supermercados), e possui seu desenvolvimento de modo exponencial, dispondo de escolas de ensino infantil e fundamental, posto de saúde e hospital veterinário.
Além de concentrar uma expressiva circulação de pessoas, também se encontra um significativo trânsito de veículos e máquinas agrícolas, que acessam as demais vias que fazem confluência à rodovia, como a Travessa Rabuske, Linha Seival, Linha Nova, Quarta Linha Nova, Linha Áustria, Travessa Dona Leopoldina, Travessa Santo Inácio, Travessa Schwertz e Travessa Kipper, que viabilizam acesso as demais localidades do município.
A comunidade de Linha Pinheiral ainda conta com duas associações hídricas, responsáveis pelo abastecimento das famílias locais, o que justifica a necessidade de diálogo permanente com os órgãos envolvidos, e, sobretudo, com os órgãos de fiscalização.
